COMEBACK MLD
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Depois de 1 ano e meio, eu voltei. E hoje, no 5º aniversário do My Little Diamonds, vim fazer esse post.
Brincadeiras à parte, hoje o texto é mais longo, porque quero contar a história do MLD desde o início. Muitas dessas coisas eu já contei em vídeos, só que nunca com tantos detalhes assim. Então pega um xícara de café [ou da sua bebida preferida], e vamos conversar um pouquinho.
Pra você que chegou aqui agora, olá! Eu sou a Isadora, mas me chame de Dora. Tenho 26 anos, sou jornalista, escritora, tenho canal no youtube e o MLD é uma das coisas que eu mais amei ter criado na vida. E tudo começou em 2009, quando comecei a ouvir K-pop.
O que eu achei que seria só uma fase se tornou a maior paixão da minha vida. Mais do que livros e filmes, o K-pop consome 100% do meu tempo, mesmo quando não estou acompanhando MVs novos ou grupos que acabaram de debutar. Já são 11 anos em que eu escuto, leio e consumo cultura sul coreana.
E foi em 2015 que o MLD nasceu, da minha vontade de falar mais sobre K-pop, de alcançar mais pessoas que também se interessam pelo estilo. Porque naquela época, eu tinha 21 anos, estava na faculdade, e tinha poucas amizades que gostavam dos mesmos grupos que eu. O K-pop já era mundialmente famoso, óbvio, mas aqui em Campo Grande os eventos estavam começando a surgir.
Eu comecei escrevendo resenhas de MVs, de álbuns e doramas por aqui, e postava em inglês também! Porque o meu objetivo era de alcançar mais e mais pessoas, e até tive alguns posts bem reconhecidos. Já recebi likes de atores de um dorama pelo instagram, de um integrante de um boy group, também já fui retweetada por um desses atores. Mas em 2016, eu decidi me arriscar no youtube.
O INÍCIO DO CANAL
Sabe, escrever é muito mais natural pra mim. Eu consigo me expressar melhor, editar e refazer meu texto quantas vezes precisar, e isso sempre foi um refúgio pra mim. Meu primeiro blog foi em 2009, e eu escrevia pequenos textos. Depois, em 2011, eu criei outro site para escrever ficção, crônicas e até alguns poemas. Então eu sempre me senti muito mais à vontade em uma tela do word, e não falando com uma câmera.
Mas a vontade de fazer vídeos veio enquanto eu estudava Telejornalismo – e que, ironicamente, foi uma das matérias que eu menos gostei durante a faculdade. O que eu amei foi aprender a editar vídeos. Pensei “eu tenho uma câmera boa, vou começar a gravar!”.
O primeiro vídeo foi um unboxing de um álbum do VIXX, mas o vídeo está privado no meu canal. É tudo ruim nele: a luz, o áudio, meu visual [eu gravei de cabelo molhado?!], e a edição não é uma das melhores. Mas foi um começo. De 2016 pra cá, entre vlogs em eventos, vídeos de danças, tags e unboxings, eu evoluí muito.
Melhorei meu modo de filmagem [desisti da câmera e continuei usando apenas um celular, o LG G4 que eu tinha], comecei a escrever roteiros, fui me destravando aos poucos enquanto me acostumava a conversar olhando pra um visor de celular. As edições também foram mais elaboradas, eu usava até alguns memes e gifs engraçados durante os vídeos.
Em 2018, eu quis mudar. Queria falar de livros, bullet journal e vídeos de rotina. E assim fiz, e pela primeira vez, um vídeo meu passou de 10 mil visualizações [13.873]. Achei aquilo tudo surreal demais, e até hoje esse número me assusta um pouco – minha média de views atualmente é de, no máximo, 120.
Aos poucos então, eu fui parando de escrever. Se você for olhar estatísticas e estudos de redes sociais, vai saber que vídeo é a melhor maneira de atingir um público alvo. E eu fui nesse caminho, eu queria estar onde pudesse ter mais palco. Mas nem tudo são flores, e eu já reclamei muito disso também.
POR TRÁS DA CÂMERA
Fazer vídeo é difícil. Lembrando: eu escrevo roteiros, gravo, edito, publico, faço os posts de Twitter e Instagram, tiro fotos para divulgação, e tudo isso sozinha, desde o começo. Nunca tive ninguém que me ajudasse em nenhuma dessas etapas. Tem vídeo que eu demorei mais de 10 horas para terminar – a média que demoro é de 4 a 6 horas [no processo de editar até finalizar o vídeo, quando o publico no youtube].
E eu não ganho nada por isso, meu canal não é monetizado há anos. Pela nova política do youtube, eu preciso ter 4 MIL horas de visualizações [contadas apenas nos últimos 12 meses] – e hoje, dia 31/08/2020, eu tenho 1.621.
Já quis desistir inúmeras vezes, já cheguei a quase deletar meu canal inteiro de uma vez só. Mas tem uma voz aqui dentro que sempre me diz pra não desistir. Que, mesmo eu não tendo uma boa frequência de vídeos [e isso faz com que o algoritmo do youtube não seja meu amigo], eu faço os vídeos por amor.
Eu sempre fiz por mim. Sempre. Os números são importantes, mas eles não são tudo. É só um medidor automático, apenas uma estatística. Infelizmente, ainda somos muito reconhecidos pelos números que carregamos em nossos perfis. Quem vai dar atenção a um canal que já tem 4 anos, mas ainda não tem 1500 inscritos? Ou que não tem um número X de visualizações?
Mas eu sei quem me acompanha, quem me apoia desde o início e quem torce pelo meu sonho – até mesmo quando eu não acredito mais nele. E são por essas pessoas que eu também não desisto, por cada comentário legal que já recebi, pelas amizades que fiz por causa do youtube e pelas redes sociais.
Ok, e por quê eu quis contar tudo isso?
Porque eu quero voltar a escrever. E também quero continuar com o youtube.
EU NÃO FALO MAIS DE K-POP?
Já faz alguns meses que essa pergunta me persegue, e sou eu mesma que a repito. “Se eu criei o MLD para falar de K-pop, por que não faço mais conteúdo sobre?”
Tem algumas coisas que eu quero apontar aqui: eu continuo amando e consumindo K-pop, mas diminuí muito o meu ritmo. Foram vários motivos pessoais e internos, e atualmente eu considero que acompanho só dois grupos [Monsta X e BTS] – mesmo ouvindo e assistindo MVs de vários outros. E isso é natural. A vida mudou, muitas coisas foram acontecendo, e já até falei disso em um vídeo, quando anunciei que iria diminuir o conteúdo de K-pop no youtube.
Até mesmo o meu consumo no youtube mudou bastante. Hoje em dia eu assisto muito mais vídeos de booktube e vlogs de estudo e rotina. Eu praticamente não sigo mais canais que falam de K-pop – também por motivos pessoais, porque tenho uma tendência ruim a me comparar com outros canais que fazem mais sucesso, e entro em um ciclo ruim de achar que nada do que eu faço é bom.
E em 2020, com tudo isso que vem acontecendo no mundo, eu fui me distanciando ainda mais. Agora eu passo menos tempo no youtube, acumulo dezenas de lançamentos pra assistir quando eu tiver vontade, e às vezes a vontade vem meses depois. Até conteúdo do MX e do BTS eu deixei atrasar e, de novo, está tudo bem em fazer isso.
Eu percebi que gosto muito mais de gravar vlogs aleatórios dos meus dias em casa, e os vídeos falando sobre livros têm me feito muito bem. Não só pelo meu ritmo de leitura estar melhor esse ano, mas porque eu me divirto falando sobre tantas histórias e enredos que fizeram parte dos meus dias. Eu amo receber comentários falando que eu mudei a percepção da pessoa sobre o Kindle, ou que se interessaram pelo livro que eu li. Tudo isso é gratificante, tanto quanto falar de K-pop.
Não falar mais SÓ sobre K-pop não significa que meu amor pelo gênero diminuiu. Só significa que eu decidi focar meu tempo a outras coisas que me fazem bem também – os meus pequenos diamantes.
O NOVO MLD
Dito tudo isso, aqui está o novo começo do MLD. Um recomeço, na verdade. Um novo respiro pra eu continuar escrevendo sobre o que amo, e isso envolve muitas outras coisas.
MLD significa My Little Diamonds, meus pequenos diamantes. É um nome que me acompanha desde 2011, desde a época do meu blogspot com textos de ficção e que eu gostava tanto de escrever. Vem de uma música que fala sobre dar valor às pequenas coisas do dia a dia, e várias coisas que fazem parte de mim são preciosas. Não só os livros e K-pop, mas séries, filmes, canais do youtube que acompanho há anos, e que eu também gostaria de falar mais sobre.
Quero usar esse site, esse espaço, para tudo isso. O youtube vai continuar existindo, com meus vlogs e vídeos sobre livros, talvez alguns outros vídeos de K-pop; mas aqui no site eu quero falar sobre mais.
Porque escrever ainda é minha zona de conforto. Eu só preciso voltar a sentar nela, e me sentir em paz enquanto digito por horas. As palavras carregam energia, e eu quero me sentir conectada a isso de novo.
Por enquanto, eu farei uma série de posts para divulgar vídeos que postei no canal – os vídeos sobre Monsta X, sobre BTS, sobre livros e Kindle. Só para colocar tudo em ordem por aqui. Não sei qual vai ser a minha frequência de postagens, quero ir em um ritmo que seja saudável pra mim, sem pensar em números ou algoritmos.
Ainda me sinto insegura, como se estivesse começando do zero. Sei que sites e blogs não são tão visitados quanto canais no youtube ou stories no instagram. Mas esse aqui é meu espaço, é algo que construí há 5 anos e que vai continuar comigo por muito, muito tempo.
Espero ter você comigo nessa minha nova jornada.
Obrigada por ler até aqui, e eu te vejo no próximo post.
Xo, Dora.